O responsável pelo poster da 6ªedição do Festival El Cabriton é nada mais nada menos do que Arthur Ortega!
O ilustrador tem vasto trabalho inspirado na arquitetura japonesa e orgulhosamente desenhou a nossa casinha!

Conversamos um pouco com o artista, que estará presente no festival nos dois dias. Se liga no bate-papo:
Qual a sua lembrança mais antiga em relação à arte?
De quando eu era criança e pintava em tinta óleo com a minha mãe, a gente chegou a fazer um curso juntos em escolas públicas que abriam no final de semana, eu pintava algumas telas de paisagens e templos japoneses bem simples porém coloridos.
Como é o seu processo criativo?
Eu geralmente começo passeando pelo Google Street View até achar alguma casa que eu me identifique para usar como base, também tenho uma pasta no computador com várias fachadas e temas que quero fazer, ai quando a inspiração bate eu procuro alguma referência na pasta ou crio de cabeça e misturo com algum tema que tinha pensado em fazer antes, como um fachada inspirada em trens por exemplo, procuro vários detalhes sobre trens, modelos e personagens para adicionar ao desenho.
Você usa digital ou só digitaliza suas artes?
Somente arte manual, até o sketch eu faço no papel e depois digitalizo e passo para o Procreate somente pra ajustar alguns detalhes e sobrepor algumas ideias, quando eu fico satisfeito com a posição dos objetos no desenho, transfiro novamente pro papel e pinto com aquarela.
Acha possível um dia migrar pra o digital 100%?
Acredito que sim se eu me forçar mais, eu já tentei pintar usando o iPad mas eu ainda tenho uma facilidade maior em pintar manualmente e também gosto de no final do trabalho ter um desenho fisico pra colocar na parede.

Você costuma usar quais ferramentas?
Eu uso tintas aquarelas em tubo, canetas Nankin e basicamente somente um pincel número 6 com qual faço a maior parte do desenho. Após digitalizar o desenho no scanner uso o Photoshop para juntar as partes e o Procreate para ajustar alguns detalhes e cores.
Quem você acha foda?
Eu sempre cito o Bajzek quando me perguntam, eu cheguei a fazer curso com ele no começo e também a desenhar na rua fazendo desenhos rápidos de lugares em São Paulo, mas tem muita gente que me inspiro, Gabriel Ribeiro que foi uns dos primeiros artistas brasileiros que segui e faz umas colagens e pinturas muito maneiras, Kei Isogai que faz umas ilustrações fodas com cores vibrantes entre muitos outros que fica difícil citar, ah e posso colocar o Hayao Miyazaki aqui também?

Gosta de ouvir música enquanto está trabalhando? O quê?
Muito! Não consigo desenhar sem ter uma música rolando, gosto muito de city pop e músicas japonesas como Perfume, de música lounge pra ficar de fundo e até umas músicas antigas dos anos 60 e 80, mas eu sou um cara do mundo indie, então escuto tudo desde o mais popular Strokes até o mais underground.
Qual foi a última coisa que você desenhou?
Acredito que o meu desenho mais detalhado, a fachada de um restaurante com inspirações de Sumo em Osaka.
O que podemos ver de produtos seus no Festival El Cabriton?
Com certeza muitos desenhos da série de fachadas de Osaka que estou fazendo e novos desenhos com inspirações de filmes do Miyazaki! Adesivos, chaveiros, camisetas (da El Cabriton) e claro, os famosos prints em A4, A3, A2 e talvez alguns em A6.
No post abaixo, o artista mostrou um pouco do seu processo criativo.
Visite Arthur durante o festival El Cabriton! E se não puder, visite o site e a loja do artista, só clicar aqui.











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