Quem não gosta de cerveja é porque está bebendo errado!

Paixão nacional, quem diz que não julga uma cerveja pelo rótulo está mentindo. Nos últimos anos, as latas têm ganhado cada vez mais espaço e popularidade. Elas se tornaram as queridinhas das cervejarias artesanais, chegando até mesmo a substituir as tradicionais garrafas. E nesse novo formato, vem se transformando em um novo espaço para a arte e a criatividade.

Neste oceano de representações artísticas, encontramos algumas obras que se destacam nas prateleiras. Hoje vamos celebrar então, aos deuses do lúpulo por terem transformado esse hábito em tendência!

A história por trás das latas de cerveja

Em 2002, o fundador e proprietário da Cervejaria Oskar Blues, Dale Katechis, foi bem ousado ao lançar a Dale’s Pale Ale, sua cerveja carro-chefe em lata, recipiente utilizado na época apenas por grandes cervejarias. Logo, outras marcas começaram a seguir o mesmo caminho.

A 1ª lata em cerveja, Cervejaria Oskar Blues.

No Brasil, foi por volta de 2015 que as 1ªs latas de cervejas artesanais surgiram. Entre as pioneiras estão a Dado Bier, de Porto Alegre/RS, e a Dádiva, de Várzea Paulista/SP.

Uma década depois, ao produzir diversos tipos de cerveja, as cervejarias artesanais transformaram o enlatamento em uma forma de arte. Hoje, tão importante quanto acertar na combinação do malte, levedura e lúpulo, é acertar em um rótulo que se diferencie em meio às dezenas de opções.

As latinhas de cerveja, em muitos países, já têm sido comparadas a capas de álbuns e de livros. Como uma tela em branco, nelas, os designers podem experimentar diferentes estilos criativos.

A tendência, além disso, deu surgimento a premiações exclusivas, como o concurso da “Lata Mais Bonita do Brasil” e até o festival Mondial de la Bière, fazendo com que estes profissionais ganhem destaque. O sucesso de cada lançamento tem se apoiado nos rótulos, que contam com diferentes estilos de arte, cores e acabamentos.

É hora de beber de outra fonte

Bonitinhas e nada ordinárias, é hora de conhecer a nossa seleção de cervejarias artesanais com latas incríveis para beber e apreciar:

Masterpiece

Do imperador russo Nicolau II a Noite Estrelada de Van Gogh, quando você iria imaginar que famosas obras de arte clássicas estariam em uma lata de cerveja? A cervejaria Masterpiece, de Niterói, RJ, honra seu nome dessa maneira. Nada mais adequado!

Cada estilo de bebida da marca combina com um tipo de obra. Por exemplo, para a Dark Sour temos Noite Estrelada de Van Gogh; já para a English Pale Ale, a rainha Elisabeth I.

Cervejaria Japas

De chá de jasmim a gengibre, tudo pode virar cerveja nas mãos dessas mulheres que mergulharam em suas origens e se uniram para homenagear os antepassados.

A Cervejaria Japas traz elementos do Brasil e Japão – aproveitando todo o potencial desse universo tão rico em aromas, sabores e cultura, inclusive ao estampar seus rótulos.

Um dos destaques é a Kawaii, cerveja com um toque de amora e framboesa, vai bem com pizza de calabresa, guacamole e cheesecake de frutas vermelhas; e a Matsurika, uma bohemian pilsner que traz pétalas de jasmim à receita e harmoniza com karaage, peixe assado e amendoim torrado.

Cervejaria Dádiva


As Sours representam um universo muito grande de cervejas, já que podem ser pouco ou muito alcóolicas, levemente ou extremamente ácidas, complexas e envelhecidas.

O intenso sabor de fruta e cor vibrante são a inspiração desta coleção da Dádiva Cervejaria, que brinca com ilustrações de mulheres dos anos 20/30 e utiliza belas colagens nas latas.

Para quem quer iniciar neste estilo, comece pelas Catharina Sours, que são mais refrescantes. Depois, experimente a American Rye Ale, como a 2xPink Lemonade, que harmoniza bem com salada, queijo de cabra, frutos do mar e sobremesas com queijos e frutas.

Projeto LDAC (Long Distance Area Code)

Parceria entre as cervejarias Morada e Stillwater, o projeto LDAC apresenta, enaltece e homenageia a cultura, arte, ingredientes, sabores e a gastronomia brasileira para o mundo.

Seus primeiros rótulos tem como inspiração a vida urbana e as coisas simples do dia-a-dia, traços marcantes que muitas vezes nem percebemos, como os pixos nas cidades e as frutas maduras na feira em um dia quente de sol. 

A Frutaria, uma Gose tropical com caju, maracujá, maçã, toque de sal marinho, é perfeita para acompanhar salmão; a Pixação, IPA tropical urbana, traz um amargor, sabor frutado e farinha de mandioca, ótima para carnes grelhadas.

FrohenFeld

De Curitiba, a Cervejaria FrohenFeld surgiu em 2010 como hobby nos fundos da empresa da família. Hoje, é focada em reproduzir com fidelidade o estilo das bebidas da Alemanha e Áustria. 

Para que cada cerveja seja uma grande experiência sensorial para seus clientes, as latas seguem o design minimalista e rótulos que destacam apenas as principais informações sobre as bebidas.

A clássica German Pils, prata e bronze em concursos cervejeiros, tem aromas e sabores florais dos lúpulos alemães e de malte lembrando pão branco, complementados por amargor bem equilibrado.

Juan Caloto

Juan Caloto é famosa por suas ótimas cervejas e ser irreverente. Um daqueles casos que qualquer um tomaria sua cerveja simplesmente pelo humor e proposta que estampam as latas.

A cervejaria artesanal de São Paulo começou de forma caseira. Logo, os dois sócios uniram seus apelidos de infância para dar vida a seu personagem atrapalhado, Juan Caloto, que apresenta um portunhol sarcástico e conta histórias através das artes dos rótulos.

O storytelling sempre tem como tema o faroeste tosco, e deixa espaço para o público preencher com sua imaginação.

Após comer manga como se non houvesse amanhãna, Juan Caloto é possuído pelo ritmo Ragtime. O que esperar del espetáculo? Fascinante equilíbrio de acidez, alcolización, corpulência y tropicalidad. Capangas del Xerife esperam lá música acabar para atacar. O que eles non sabem é que, quando Juan Caloto começa el Ragtime Mango, ele non para.

Todo mundo ama uma cervejinha

Trouxemos aqui um pouco deste universo, mas existem MUITAS marcas incríveis no mercado, para todos os gostos e bolsos. Pra fazer bonito de copo na mão, que tal abrir uma latinha? Uma delicinha, ainda mais nesse calor!

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