Aline Zouvi: Vendo o mundo com uma perspectiva “diferente”

A carioca, que hoje mora em São Paulo, é figura de destaque no cenário de quadrinhos independentes; traz um olhar único e autêntico a partir de suas experiências pessoais;

Quadrinista, ilustradora, professora e tradutora, Aline Zouvi sempre se interessou por títulos alternativos, autorais, independentes e por temas como visibilidade, representatividade feminina e LGBT+.

Em 2017, após estudar no mestrado as obras da quadrinista Alison Bechdel, começou a ministrar oficinas, publicar cartuns em veículos como Folha de São Paulo, Piauí e a participar de mesas de discussões e feiras. Até hoje, busca contar histórias únicas e criativas através de sua arte.

Aline é autora de diversos quadrinhos premiados e zines de destaque como “Síncope” (vencedor do Prêmio Dente de Ouro 2018 e finalista HQMix), “Óleo sobre tela” (UgraPress, 2018), “Pão francês” (Incompleta, 2019, finalista do HQMix e Angelo Agostini) e “Tradução Simultânea” (SapataPress, 2020).

“Não Nasci Sabendo”, quadrinho que traz um conjunto de reflexões sobre a descoberta tardia da homossexualidade

Cartum – evento “Desenhão” – novembro/2022

Ilustração inspirada em Maud Wagner (1877 – 1961): Uma das primeiras tatuadoras da história. Lutou toda a vida contra o preconceito relacionado aos corpos tatuados;

Recentemente lançou “Pigmento”, sua 1ª graphic novel, um thriller existencial sobre amor, gênero, identidade e o universo da tatuagem.

Trechos de Pigmento, sua graphic novel de estreia

Para Aline, o estranho e o familiar andam juntos

Aline possui um olhar peculiar para as coisas. Com traços característicos, ela desenvolve narrativas sobre suas experiências pessoais, interesses e vivências, trazendo novas perspectivas sobre o “diferente”.

Seus trabalhos falam sobre familiaridades e estranhezas presentes no dia a dia, visibilidade e representatividade (principalmente feminina e LGBT+) e também questões relacionadas à saúde mental.

Tudo começa com muito planejamento e pesquisa, antes de qualquer roteiro. “A partir do roteiro, faço uma revisão da história, tento entender se os pontos tão bem amarrados, desenho os rafes (rascunhos) e aí costumo ir deles direto para a página final, desenhando à lápis mesmo”, diz.

A artista curte processos analógicos, por isso, gosta de criar primeiramente à mão. Se possível até o letreiramento faz manualmente, finalizando a edição no digital. Depois, há o processo de impressão, distribuição, marketing e divulgação.

PARCERIA EL CABRITON

Aline Zouvi também ilustra alguns dos nossos produtos. Além disso, participou este ano do Projeto 54, ao estampar a carta 4 de Ouros para a 13ª edição.

Para o lançamento da coleção El Cabriton Orgulho, criou a camiseta Support Your Local Dyke – que tem parte do valor da venda revertido à Casa1, organização sem fins lucrativos e centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBTQIAPN+.